| 03/01/2009 03h22min
Alecsandro deixou o Cruzeiro rumo ao Al-Wahda, de Abu Dhabi, atrás da sonhada independência financeira. Passou 2008 acumulando alguns petrodólares na conta bancária. Agora ele quer voltar ao Brasil. Por respeito ao atual clube, publicamente ele não descarta a permanência nos Emirados Árabes. Mas na próxima terça-feira, acompanhado do empresário Oldegard Filho e de um advogado, o atacante tentará a liberação para acertar com o Inter – Corinthians e Coritiba também o procuraram.
– Meu procurador esteve aí (em Porto Alegre) na segunda-feira (29 de dezembro de 2008) conversando com o pessoal do clube – revelou.
De férias com a família em Bauru, interior paulista, Alecsandro não quis alimentar especulações. Quando falou a ZH no início da tarde de ontem, o centroavante escolheu bem as palavras. Porém, o próprio empresário do jogador disse quinta-feira à tarde que havia acerto com o Inter.
Alecsandro, 27 anos (completa 28 em 4 de fevereiro), acompanhou
algumas partidas do Inter na Copa
Sul-Americana que foram transmitidas por uma rede de televisão de Dubai. Elogiou o grupo e afirmou:
– Este ano, o Inter brigará pelo título do Brasileirão.
Confira os principais trechos da entrevista.
Zero Hora – O que você conhece do Inter?
Alecsandro – O que eu conheço é o que todo mundo conhece. Um grande clube que a cada ano vem conquistando títulos.
ZH – Como está a sua vida em Abu Dhabi?
Alecsandro – Muito tranquila. Estou completamente adaptado.
ZH – Você tem vontade de retornar ao Brasil?
Alecsandro – Tenho mais um ano de contrato com o Al-Wahda. Posso te informar qualquer coisa dentro de 10 ou 15 dias.
ZH – Como você está fisicamente?
Alecsandro – Joguei minha última partida dia 20 ou 18 de
dezembro, não lembro. A temporada começou agora. Temos sete ou oito rodadas. Por enquanto estou muito bem.
ZH – Você sofreu alguma lesão em 2008?
Alecsandro – Estive tratando uma tendinite no tendão de Aquiles direito no São Paulo. Mas nenhum problema de ligamento.
ZH – No Al-Wahda você está jogando como centroavante ou segundo atacante?
Alecsandro – Sempre joguei com a número 9. Lógico que alguns treinadores possuem táticas diferentes. Com alguns você sai, com outros fica mais fixo. Sempre fui primeiro atacante, mais de área.
ZH – Em 10 ou 15 dias você terá uma definição sobre o futuro?
Alecsandro – Pode ser até menos. Dia 6 estarei nos Emirados e saberei se acerto com algum clube do Brasil ou fico por lá. Meu procurador e meu advogado irão comigo.
ZH – Outros clubes lhe procuraram?
Alecsandro – Na verdade, sei do que estão divulgando na imprensa. Eu mesmo fico sabendo das coisas pela imprensa, caso do Inter. Depois meu procurador ligou
e disse: “Estou viajando tal dia e me encontrarei com o pessoal”. O Corinthians também entrou em contato com ele.
Fico feliz por estar em um lugar tão distante e ser lembrado por grandes clubes como Corinthians, Inter, Grêmio, que também fiquei sabendo. Mas não adianta falar de coisas que podem acontecer.
ZH – Passaram alguns jogos da Copa Sul-Americana pela televisão? Você acompanhou?
Alecsandro – Passava. Acompanhei, até porque o Lauro é muito amigo meu. Sempre que podemos estamos juntos. Quando passavam as partidas, assistia.
ZH – O que achou do time?
Alecsandro – É um time para brigar para ser campeão do Brasileirão. O Inter demorou um pouquinho para acordar, mas tem bons jogadores, de qualidade, experientes.
ZH – E é o ano do centenário...
Alecsandro – Não diria por ser o ano do centenário. É uma grande equipe. Como estão mantendo os mesmos jogadores, trocando apenas um ou dois, o Inter vai brigar para ser campeão
este ano.
ZH – Conhece mais alguém além do Lauro?
Alecsandro – De amizade e
convivência com a minha família, não. Mas conheço o grupo todo. Todos são conhecidos em todo o Brasil.
Alecsandro e seu procurador vão aos Emirados a fim de obter liberação do Al-Wahda
Foto:
Washington Alves, Fotocom.net - BD
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